Resenha – O Espelho do Monge

De que me servem seus pretensos adornos? Seus vestidos, joias, festas? Seu exercito? Saia e leve toda sua futilidade com você! Esse mundo é meu! E agora eu que escolho quem deve reinar!

2016-05-26-02.37.16-1-1.jpg.jpeg O livro de Rosana Dias Vitachi foi publicado pela Editora Chiado em Maio de 2015 e me surpreendeu bastante. Este foi mais um daqueles livros que me surpreenderam do início ao fim e que eu não consegui largar um minuto sequer. A leitura foi muito prazerosa, tanto que quando olho para trás acho que não deveria tê-lo lido tão rápido, pois ele deixou um gostinho de saudade.

Segundo uma lenda encontrada por Safia, uma aluna de Arqueologia, existe um espelho que ao ser contemplado mostra a verdade na alma da pessoa. Determinada em achar e experimentar essa sensação, Safia e seu companheiro Artur vão em busca do espelho de todas as formas.

Busca ou obsessão? 

Safia porem enfrenta dificuldades para colocar suas mãos no tão sonhado espelho. Seu pai, já desacreditado no sonho da moça deixa de bancar suas viagens e ela se vê tendo que aceitar a proposta de um adorável e tentador advogado, Adônis, que financiaria sua jornada se ela lhe entregasse o espelho. Artur que sempre acompanhou sua amiga se recusa a partir novamente com ela para a busca do objeto, ele acredita que aquilo tudo é errado e cumpre a sua promessa de nunca mais ir com ninguém até o local aonde dizem estar escondido o espelho. Mesmo magoada com a atitude do companheiro fiel de abandona-la Safia se vê ainda mais sedenta para pegar o espelho já que sua vida agora depende disso.

Apesar de todas as dificuldades, ter o espelho em mãos faz Safia entrar em divergências com ela mesma ao se deparar com o Anjo Guardião do Espelho. Ele tenta convence-la de que deve lhe entregar o espelho, porem ela já tinha prometido o espelho a Adônis. O Anjo lhe revela que sempre foi a missão dela entregar o espelho para a pessoa certa, e que isso só poderia ser feito de livre e espontânea vontade. Cada vez mais confusa com os fatos narrados, Safia se vê insegura e com medo de escolher o lado errado. O Anjo estaria mentindo? Seria melhor cumprir sua promessa e entregar o espelho para Adônis? Ou o Anjo estaria certo e deveria ficar com o espelho? Não obtendo resposta para nenhuma das duas perguntas, Safia escolhe uma terceira opção que lhe guia a fazer a coisa que acha certa.

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Capa, Diagramação e Gramatica

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A capa do livro é maravilhosa. Super simples com um fundo todo preto, ela só possui a foto do espelho com o titulo. Uso o lema de que menos é mais, e nessa capa acertaram em cheio com isso.

A diagramação do livro deixou tudo muito prazeroso de se ler. Os capítulos foram bem separados e o livro foi dividido em três partes. Em cada capitulo e também em todos os momentos em que há uma troca de local na narração, é anunciado um pequeno titulo ao lado direito do canto da folha em fonte itálica. Isso ajudou bastante a saber o que acontecia e aonde estava acontecendo.

O livro é narrado em terceira pessoa, e ouve apenas um erro de digitação mas estava tão avida para ler que nem anotei a pagina que foi. rsrs

Foi algo pequeno, nada que atrapalhasse a leitura.  A autora usou palavras simples mas dentro de um contexto culto/formal para mim. Ouve bastante detalhes dos locais descritos de um jeito simples, que facilitava a imaginar o lugar ao ler.

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Observações Gerais Sobre o Livro

Esse é o tipo de leitura que te pega de jeito.  A narrativa é belíssima e cuidadosamente construída, a sensação que temos é que a autora escolheu cada palavra e leu cada linha em voz alta só pra ter certeza de que soaria bem. O livro nos provoca um profundo encantamento durante toda a leitura e ao fechar a última página parece que desabamos junto com ele. Foi uma leitura muitíssimo prazerosa. Realmente me apaixonei pelo livro (ninguém percebeu, né?). Só tenho a agradecer a autora por ter me dado essa oportunidade, e pedir para lançar o próximo livro rápido. (risos) ❤

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O Espelho do Monge se parece com um livro de romance e ficção, mas se propõe a mais que isso. Através de uma linguagem simbólica, fala de realidades concretas, de personagens reais. É um livro que convida também a uma diversão, esperando oferecer uma leitura prazerosa, com uma linguagem, ao meu ver, simples. Cada capítulo, um acontecimento, nada colocado “para aumentar linhas” mas tudo com uma razão de ser e estar ali. Alguns momentos mais demorados e outros mais rápidos, numa didática cuidadosa por aquilo que eles trazem em si, mas desejando proporcionar, no conjunto, uma leitura dinâmica e bem humorada.

– diz Rosana Helena

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Post por: Franciele Sparks

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6 comentários sobre “Resenha – O Espelho do Monge

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